O Diabetes Mellitus é algo muito antigo, aparece descrita desde a antiguidade pela literatura sânscrita como “moléstia da urina doce”. Os primeiros registros da doença encontram-se em papiro de Erbs, 1500 anos a.C. O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado por deficiência parcial ou total de insulina ou por uma resistência periférica aumentada a esse hormônio, que leva ao aumento dos níveis de glicose sanguínea (açúcar no sangue) e suas complicações.

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Os principais tipos de diabetes são:

Diabetes Tipo 1:

O Diabetes Tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes e se caracteriza pela destruição progressiva das células do pâncreas (auto-imune), o que acarreta uma deficiência absoluta de insulina. É por esse fator que o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1 depende da reposição desse hormônio diariamente.

O Diabetes Tipo 1 da doença é geralmente marcado pelo aparecimento súbito de urina excessiva, sede constante, muita fome, perda aguda de peso, e, em alguns casos, quadro de cetose, evoluindo como cetoacidose diabética. Cerca de 25% dos pacientes apresentam um episódio de cetoacidose diabética como primeira manifestação da doença.

O tratamento deve ser orientado de forma individualizada e exige participação integral de uma equipe multiprofissional, empenho do paciente e auxílio dos familiares. Objetiva-se melhorar os sintomas, controle nutricional, prática de exercícios regulares, prevenção e redução das complicações agudas e crônicas através da reeducação do paciente e sua família.

Diabetes Tipo 2

O Diabetes Tipo 2 é conhecido também como diabetes do adulto,  idoso ou do obeso. É o tipo mais comum de Diabetes Mellitus, sendo responsável por 90% dos casos da doença. Nesse tipo de diabetes, não há destruição do pâncreas, a insulina continua presente, mas, não age de forma adequada. Esse processo é chamado de resistência periférica à insulina sendo responsável pela elevação dos níveis de glicose no sangue. O Diabetes tipo 2 normalmente não apresenta sintomas e está relacionado, na maioria dos casos, à hábitos de vida inadequados, tais como, alimentação irregular, inatividade física, fumo, álcool, obesidade, etc.

O tratamento também é individualizado, com a participação da equipe multiprofissional, buscando a reeducação e mudança de hábitos de vida por parte do paciente.

Atividade Física X Diabetes Mellitus

A pessoa portadora do diabetes apresenta um risco para doenças cérebro e cardiovascular aumentado em relação ao restante da população e por isso deve trabalhar para diminuir esse risco. Além do controle rigoroso da glicemia com a dieta, medicações e insulina (caso necessárias), deve também fazer parte do dia a dia a prática de alguma atividade física. Seus benefícios são inúmeros:

A atividade física é um dos principais pilares do tratamento do diabetes. É responsável por aumentar a captação de glicose pelos músculos em movimento, o que permite um melhor controle glicêmico. Com isso, muitas vezes há diminuição da quantidade de medicações hipoglicemiantes, insulina e melhor controle do diabetes.

A prática de atividade física também diminui o “colesterol ruim” (LDL) e “aumenta o colesterol bom” (HDL), fato que diminui o risco de doenças vasculares. Outro beneficio é a perda de peso. A perda de 5 a 10 quilos proporciona melhora no controle do diabetes, melhora no perfil lipídico (colesterol), melhor controle da pressão arterial, além de melhorar a auto-estima, diminuir a ansiedade e os riscos de depressão.

No entanto, a prática regular de exercícios físicos deve ser acompanhada por um profissional especializado e o paciente deve seguir algumas orientações com relação à alimentação uma vez que o carboidrato é a maior fonte de energia do organismo em movimento:

  • Nunca inicie um exercício em jejum. A refeição que antecede a atividade deve ser rica em carboidrato de moderado e baixo índice glicêmico;
  • Sempre monitore a glicemia antes, durante e após o exercício;
  • Informe ao profissional de educação física que você é diabético e necessita de um acompanhamento;
  • Tenha sempre um carboidrato de alto índice glicêmico (rápida absorção) no bolso para eventuais hipoglicemias;
  • Se a prática durar mais de 1 hora, reponha o carboidrato ingerindo uma fruta, por exemplo;
  • Faça avaliações físicas regularmente.